Com objetivo de buscar qualificar a adesão à democracia dos brasileiros, especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em publicação na Revista Brasileira de Ciência Política, periódico da própria instituição, debateram sobre como as pessoas podem aderir a diferentes princípios subjacentes à democracia, em vez de optarem pela simples adesão ou não a ela.
O texto foi elaborado por Mario Fuks, que é doutor, Gabriel Avila Casalecchi, doutorando, Guilherme Quaresma Gonçalves, mestre, e Flávia Felizardo David, doutoranda. O debate acerca do tema foi publicado na edição de janeiro-abril de 2016. O enfoque dos autores no decorrer da publicação são os democratas, pois pretendem descobrir o quanto os brasileiros são democráticos.
Os especialistas utilizaram no texto o banco de dados Barômetro das Américas de 2006 a 2012. De acordo com os resultados, há diferentes níveis de adesão à democracia, conforme o princípio democrático em questão. Os autores apontam que se consideram democratas os brasileiros que, mesmo diante de todas as falhas que o regime político possa apresentar, escolhem a democracia como a melhor forma de governo.
“Entre 2006 e 2012, o percentual de respondentes na América Latina oscilou entre 73,25% e 76,37%, ou seja, uma diferença de apenas 3,12%. No Brasil, o percentual esteve entre 71,53%, em 2006, e 65,97%, em 2012, uma variação um pouco maior, de 5,56%”, apontam os especialistas.
Sendo assim, segundo os autores, os brasileiros não aderem com a mesma intensidade às diferentes dimensões da democracia. “Algumas contam com um forte apoio, como o voto e a participação política, enquanto outras são mais frágeis, como os procedimentos de escolha e a representação política”, consideram.
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